Minha irmã Dra. vai vender seu carro, para comprar outro, mais novo, mais bonito e mais caro. Trago a situação para expressar algumas idéias.
A primeira é que "carro" sempre é motivo de prejuízo. Sempre! Não importa se novo ou usado, a marca ou o tipo... sempre desvaloriza, essa é a única verdade. Carro é um instrumento de transporte. Desse modo devemos ter um carro como um "bem de uso", é sempre um investimento sem retorno. A exceção são os casos em que o carro é um hobby(eu ainda terei um corcel 1 lindo!), mas mesmo eles, devem ser encarados da mesma forma.
Para se pensar um carro como bem de uso, temos de avaliar seu preço e manutenção de acordo com nosso orçamento. Assim, um carro de 50mil é para pessoas que podem dispor de 50mil sem fazer falta. Caso precise de um investimento, cálculos e ginástica no orçamento, está errado.
A satisfação de ter um carro sofisticado é puro fetiche, é a representação de poder e importância que ele traz, apenas.
Ok, mas o post não é só isso. Nas ações de mudança de carro minha querida "Eústa" tem de vender o antigo para dar de entrada no novo. Aí é que entra o chato e o atravessador.
A consecionária do novo oferece 20 ouros(por exemplo, numa moeda imaginária) no usado, mas ele vale 25 ouros no mercado. Ela o comprou a 2 nos por 30 ouros. O chato(eu) enlouqueceu, que não era para negociar o antigo direto com a loja do carro novo.
Acontece que as lojas de carros usados e as de carros novos que revendem usados usam descaradamente do expediente de comprar um carro por 8 ouros e vendê-lo por 14 ouros. Eles arrumam superficialmente o carro comprado e vendem como se fosse muito melhor. Esse é um fato. E essa é minha principal ogeriza. O "atravessador". Um ser que nada produz e que vive aproveitando-se do trabalho alheio. Ele, alegando o dinheiro na hora em espécie, compra muito barato a um particular e vende caro a outro consumidor particular. A diferença é seu lucro. Eles ganham de 30% a 50% sobre cada veículo. É uma mordida sobre o dinheiro alheio, suado pelo trabalho do antigo proprietário.
É verdade que alguns negócios entre particulares dão errado porque vigaristas aproveitam-se da boa vontade alheia, mas o "atravessador" não fica longe desses aproveitadores, pois o que ele faz meramente é pegar aqui de um enganado ou desesperado e revender ali a um ávido comprador desavisado. Essa ação é feita muitas vezes em 2 ou 3 dias. É um trabalho de risco, é verdade, mas não é honesto na minha visão.
Dra. a muito custo recuou da decisão de vender a um atravessador. A minha posição é a seguinte, se é para vender barato... venda a um particular. Em geral, consegue-se vender a um preço melhor que ao atravessador e mais barato que o comprador pagaria na loja do atravessador. Todo mundo que trabalhou ganha.
2 comentários:
Eu sofri, sofri, mas vendi o meu usado direto à loja em que ia comprar o novo. Surpreendentemente pagaram o tanto que a gente tava estimando. Mas é caso raro, meu pai, por exemplo, vendeulá ttambém mas não recebeu nem perto do que a gente pensava.
Luciana, isso significa apenas que vcs estavam estimando pouco. Eles nunca erram, são especialistas nas cotações... os leigos somos nós. Se eles oferecem 5mil, vale 8mil; se oferecem 10mil, vale 14mil; se oferecem 25mil, vale 32mil... não existe erro. Caso contrário eles faliam. Quanto maior o negócio, mais sucesso tem, mais abocanha do seu patrimônio. Quanto menor, mais vontade de crescer tem e mais abocanha seu patrimônio.
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