quinta-feira, 18 de junho de 2009

Funcionalismo Público no Brasil (part3/3)

Atualmente, em se tratando de funcionalismo na máquina pública, como estamos...?
A minha resposta é: Em transição!

Temos um grande contingente de funcionários que entraram no serviço público durante a ditadura ou logo após. No tempo que os deputados andavam com uma pasta cheia de contratos públicos sendo distribuídos aos eleitores. Na época em que praticamente não haviam grandes políticas sociais. Esses estão tão mal formados e acostumados que me pergunto se há chance de mudarem antes da aposentadoria. Foi devido a essa parcela de inoperantes que as gestões públicas brasileiras desde o fim da década de 80 optaram por massacrar os salários e os benefícios. A idéia podia ser justa e necessária, mas foi mal executada.

Dos novos profissionais que entraram desde o fim da década de 90 até aqui, temos 2 grupos. Um que é apaixonado pela idéia de ganhar sem trabalhar, que acha que servidor público é um "merecido" e que se esmera em "se dar de bem". O outro grupo, que não passa de 25% de todo o contingente, que fazer bem feito, quer subir, quer edificar, tem idéias de "esquerda" e tratam o seu trabalho como uma missão de vida. Dentre estes últimos existem os técnicos, apaixonados pela burocracia e pela legalidade.

Na minha humilde opinião, tem jeito. Mas temos de esperar uma parte aposentar-se, "caçar" e punir os novos desviantes e exaltar os abnegados. Dar melhores condições de trabalho, melhorar salários e profissionalizar a gestão. Lentamente isso já tem acontecido.

Grande problema é outro... e isso nos leva a outra mini-série de posts que farei em breve.
"O PROBLEMA DO BRASIL"

7 comentários:

Luciana Nepomuceno disse...

Pode pular a parte da melhoria dos salários, nós já ganhamos bem o suficiente. Uma sociedade justa implica em que o maior salário seja no máximo 10x maior que o menor. Não creio ser abnegada. Trabalho em condições muito mais satisfatórias (embora ainda longe do ideal) do que no sistema privado. Ganho bem. Tenho boas companhias e desafios estimulantes.

Contra a Maré disse...

Tenho tanto orgulho dessa minha amiga rsrsrs
Quando falei da melhoria salarial, falei da média. Professores da Educação Básica em média, por exemplo, ganham mal. Já Médicos, ganham sempre Muiiitttoooo Beeeeemmmmmm!!!

Luciana Nepomuceno disse...

é justamente a média que eu acho que já tá bom, acho que precisa corrigir só pequenas distorções, mas de maneira geral o funcionário público ganha muuuuiiiittttoooo bem, do gari ao advogado, técnicos de laboratório, professores da educação superior, funcionários da justiça, pessoal da receita e não só federal, estadual, que eu sei tb ganha muito acima do salário mínimo que é o meu parâmetro e não o parâmetro que eu escuto muito : ah, este salário não dá pra eu fazer isso ou aquilo, pra im o critério não pode ser objetos compráveis ou não e sim a relação com os outros e com o que os outros ganham...

Contra a Maré disse...

A relação adequada é com a cesta básica. Somado a importância da função, especialidade e capacitação.
Existe dentro da estrutura estatal, locais e cargos que ganham muito mais que deveriam, porém, há outros lugares que remuneram muito mal. Por exemplo. Um Professor de ensino médio 40hs da rede pública estadual, graduado e especialista, ganhar 1.000,00 reais não é justo.

Contra a Maré disse...

Concordo que Professor Universitário Federal, em relação ao mercado brasileiro ganha muito bem, principalmente observando-se o quanto trabalha... mas os garis não é bem assim.

Luciana Nepomuceno disse...

évio, tem vigilante da universidade que ganha mais que eu. Eu sei que sou extremista e serei apedrejada (pelo menos conceitualmente) mas eu não sou do tipo que defende: ah, mas o professor ou o Dr (não o médico, o de verdade) estudou tanto merece ganhar mais. E não acho que salário jamais pode ser dimensionado em termo de justiça. É mais justo o professor ganhar mais porque estudou e trabalha 40hs ou a faxineira que tem que limpar de joelhos o chão? Eu não sei dizer, alguém sabe? Eu não estou dizendo tecnicamente (o lance das cestas básicas q vc falou), minha posição é ética, não acho certo ninguém ganhar 10 vezes mais que quem ganha o mínimo não importa quem seja ou o cargo que ocupe, simples assim.

Contra a Maré disse...

É Ético remunerar de acordo com a responsabilidade e a especialização técnica da função, relativisados em torno da movimentação de recursos e valores que envolvem a função.
rsrsrs
Agora o povo vai saber que a gente bate a maior boca kkkkkkk
É costume, ninguém liga mais...