terça-feira, 2 de junho de 2009

Pós Guerra de Canudos

Logo após a aniquilação de Belo Monte e da localização do corpo de Antônio Conselheiro, sua cabeça foi enviada a Salvador para exames científicos e ficou exposta a visitação pública, da mesma forma que ficaram expostas as cabeças e Lampião e seu grupo.

No mês seguinte, em Novembro de 1897, é lançado um manifesto de protesto à execução dos prisioneiros promovida pelo exército. O documento, feito por estudantes de medicina baianos que atuaram como apoio durante a campanha recebeu elogios de Rui Barbosa, uma das únicas vozes na opinião pública que não pediam sangue e fogo.

Ainda em Novembro, durante a festa de recepção na Capital Federal (Rio de Janeiro) das tropas que arrasaram Canudos, morre o Ministro da Guerra, o Marechal Carlos Machado Bittencourt, num atentado dirigido ao Presidente Prudente de Moraes.

Em 1902 Euclides da Cunha lança Os Sertões. E em 1905 um incêndio "crema" a cabeça de Antônio na Faculdade de Medicina em Salvador, onde estava exposta.

Na década de 60 do século passado foi construído o Açude de Cocorobó, que inundou Canudos, sepultando formalmente toda a história... mas não será tão fácil.

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