quinta-feira, 11 de junho de 2009

Funcionalismo Público no Brasil (part2/3)

O segundo grupo de pensamentos sobre o tema reflito sobre a construção dessa máquina, o Estado.

Desde o século 19, com a consolidação do capitalismo no ocidente, passamos a valorizar cada vez mais o indivíduo(a pretensa diferença), o desejo(consumo) e a ação individual como força motriz de todo o sistema. No século 20 vimos a construção de estados centralizadores e liberais, direcionados ao "bem estar social" em constante mudança até os ventos do liberalismo privatizante dos tempos atuais. A modernidade nos trouxe os Direitos Humanos e as noções de liberdade e autonomia.

No Brasil, construímos um Estado volumoso, mas para poucos. Em todos os setores do poder público e nas três esferas de poder, a organização do sistema partiu de uma lógica para poucos até 1988.

Durante a Ditadura Militar no Brasil tivemos a farra e ascensão do modelo de funcionalismo público que ainda vemos. A idéia de "SERVIDOR PÚBLICO" foi abolida por uma relação despretensiosa, tarefeira e descompromissada com os resultados e processos. O Governo Militar em busca de sustentação promoveu uma farra com dinheiro público exemplar. Calou o judiciário com dinheiro e "não trabalho", mutilou a imprensa, alimentou a elite empresarial e agrária com farto incentivo a "fundo esquecido". Contrataram largamente por critério nenhum e legalização a política do "deixa que eu deixo". Aos poucos ser Funcionário Público passou a ser sinônimo de incompetência e inoperância.

Nas ondas da reabertura política os filhos da elite empresarial do país, renovada pela idéia de mercado global, avançaram na política com muito gosto, levando o discurso de eficiência para o governo e revelando as mazelas administrativas estatais. Os funcionários foram taxados, perseguidos e acuados e em represália fizeram absoluta questão de atravancar mais ainda o movimento. Numa nova ofensiva o novo pensamento do estado inaugura as privatizações(a troco de tostões - FHC duma figa!) e a terceirização mantenedora do estado mínimo. E o que virá, não sei...

4 comentários:

Luciana Nepomuceno disse...

primeiro: ainda bem, não chegou em mim!
segndo: é meu amigo, meu amigo, vê se passa um pouquim pra mim...

Contra a Maré disse...

Passar o quê mesmo?

Luciana Nepomuceno disse...

Genialidade! Capacidade reflexiva! Informação...

Contra a Maré disse...

Troco por sua gentileza e cortesia em elogiar os amigos além do que merecem! rsrsrsrs