segunda-feira, 8 de junho de 2009

Entre Ser e Parecer ou Sobre a Ética da Estética.

"Á mulher de César não basta ser, terá que parecer séria" (Gaius Julius Caesar).

Em 2007 a revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos publicou uma pesquisa, de Psicólogos da Universidade de Princeton(Charles Ballew e Alexander Todorov), afirmando que a escolha eleitoral pode ser baseada na aparência do candidato. Parece que essa idéia é um pouco antiga, já diria Júlio César.

A metodologia foi simples, apresentaram imagens de candidatos desconhecidos e de outras praças eleitorais(de pleitos antigos também) para eleitores e a eles foi solicitada a avaliação de qual parecia ser o melhor candidato, só pela imagem. A maioria dos "votantes" indicaram os ganhadores reais.

Relembro essas questões porque fiquei a pensar sobre as aparências e as reações, sobre os lobos com pele de cordeiro, sobre a educação e a verdade... (muito neurônio gasto à tôa!). Tem muito predador social no esquema de "parecer honesto" e isto basta para ludibriar um mundo. Nós preferimos valorizar alguém que nos roube e engane de maneira educada a uma pessoa ácida e direta que nos respeite. É quase um princípio... "pode bater, mas com educação".

Eu prefiro pessoas "mal educadas" que são verdadeiras as que são polidas e falsas. Minha noção de respeito está muito mais relacionada ao valor de ser levado a sério do que ser cordato.

Contudo, minha amiga Ângela, me apresentou um jargão econômico e útil para o caso...
"Você pode enganar um por muito tempo, alguns por algum tempo, mas não todos por todo o tempo".

Em verdade eu não sou uma boa pessoa, eu tento ser uma boa pessoa mas nem sempre eu tento parecer uma boa pessoa.

Na minha vida apanhei muito por ser, em geral, um dos primeiros a "ver" as tragédias anunciadas das relações falseadas. Passei um "tempão" aprendendo a vê-las. Agora estou aprendendo a apontar a sujeira na hora certa, na hora em que as pessoas estão prontas para ver. Futuramente eu quero aprender a não teimar com o mundo rsrsrs... minha meta é ser Zen... não me alterar com nada... vai ser difícil... muito difícil.

Um comentário:

Luciana Nepomuceno disse...

Comentários vários: primeiro, ainda bem que meu amor não se chama César, eu parecer qualquer coisa séria é um esforço.

Segundo: Infelizmente com o avanço da mídia de massa, pode-se enganar todos sempre e sempre e sempre e cada vez mais.

Terceiro: quero ver você Zen, deve ser quando você ficar "pra lá de Bagdá"