terça-feira, 21 de abril de 2009

2ª Expedição contra Canudos

Em Janeiro de 1887, comandada agora pelo Major Febrônio de Brito, parte de Monte Santo (BA) em direção a Belo Monte. A II Expedição era formada por 622 militares vindos de batalhões sediados na Bahia, Alagoas e Sergipe. Levavam 2 canhões e 3 metralhadoras. Todos tinham a mais absoluta certeza de vitória rápida e esmagadora.

Nesse período Antônio Conselheiro termina de ditar suas prédicas, intituladas "Tempestades que se Levantam no Coração de Maria por Ocasião do Mistério da Anunciação. Acredito que ele faria muitas outras prédicas se tempo tivesse. Nesse manuscrito haviam discursos sobre religião, monarquia, república e escravidão.

Major Febrônio começou a entender que não seria tudo tão fácil já na Serra do Cambaio onde forte emboscada, que durou 5 horas, recebeu a tropa republicana. Após o impacto inicial com muitas baixas de ambos os lados o exército fez valer seu armamento e avançou até a Lagoa do Cipó onde pernoitaram assustados. Havia motivo para o temor.

Logo pela manhã um ataque direto dos conselheiristas aterrorizou a tropa pela valentia e ferocidade. Desta vez em campo aberto os armamentos do exército cumpriram seu papel até que os sertanejos estivessem sobre eles. A maior parte do conflito foi corpo a corpo. Depois da retirada dos atacantes o exército tinha 10 baixas e 80 feridos e nenhuma condição moral e operacional de continuar. A coluna retornou derrotada a Monte Santo sem sequer ter visto Belo Monte. Muitos sertanejos morreram nessa batalha tingindo de vermelho a lagoa que passou a ser chamada desde então de Lagoa do Sangue.

No caminho de volta, Pajeú, mestre guerrilheiro de Canudos fustigou com armadilhas por quase todo o caminho de volta. A opinião pública Nacional passou a dar atenção a Canudos.

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