sexta-feira, 3 de abril de 2009

Amazônia

Recebi um e-mail no mínimo reflexivo.

O e-mail questiona a quantidade de ongs que existe na Amazônia, são muitas, em relação as ongs existentes auxiliando os pobres nordestinos. O e-mail fala em 350 na Amazônia e 0 no Nordeste. Não é bem assim, mas a discrepância é assustadora. E existem mais ongs para “salvar” a floresta e os índios que para ajudar a África (essa sim precisa demais) e lá tem muita ecologia para salvar.

A justificativa apresentada é que na nossa floresta tem ouro, nióbio, petróleo, as maiores jazidas de manganês e ferro do mundo, diamantes, esmeraldas, rubis, cobre, zinco, prata, a maior biodiversidade do planeta e outras inúmeras riquezas estimadas em dezenas de trilhões de dólares. Já o Nordeste... é rico em cultura.

A Polícia Federal está inclusive em processo de cadastramento das ONGS.

Apesar de concordar com a reflexão, acrescento outros aspectos. O movimento social europeu é Ecológico. As questões sociais deles estão estabilizadas. Eles tem cultura, infra-estrutura e poupança suficiente para equacionar isso tudo, alimentada pelo roubo aos países pobres por séculos. E ainda, com a crise, grnade parte da Europa considera que o problema são os imigrantes. Acham que restringindo a imigração e fechando fronteiras resolve-se o problema interno.

Dessa forma a preocupação deles é ambiental. Afinal eles já consumiram quase tudo de seus recursos e hoje possuem sérios problemas de poluição. As medidas para isso começam por transferir as cadeias produtivas poluentes para os países em desenvolvimento, como metalurgia e siderurgia (ou vocês estavam achando que esses investimentos milionários nos países pobres eram fruto do quê, gentilezas?). Resumindo, transferir a poluição para outros. Outra alternativa é investir cada vez mais em tecnologia de energias limpas como a eólica, das marés e solar. Porém essa “onda verde” só se apresenta quando as alternativas de geração de energia no velho continente tornam-se inviáveis. Traduzindo o pensamento seria algo como “agora que não dá mais para fazer hidrelétricas, termoelétricas, usinas nucleares e etc, vamos investir no verde”.

Soma-se e corrobora com esse quadro a onda impressionante de ataques a imigrantes na Europa e a radicalização da fala de alguns políticos e dos órgãos públicos em relação a eles. Espanha, Itália, Inglaterra, Portugual, França, Alemanha e Escócia tem exemplos recentes disso.


Finalizando... esse povo europeu não perde a mania de nos explorar... estão desejando demais nos livrar do peso da preservação... afinal, no tópico preservação eles são bons... que o digam as florestas européias.



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