segunda-feira, 27 de abril de 2009

Diário de Segunda

E hoje, a Fortaleza amanheceu molhada, a nos lembrar que às segundas, tudo que se espera de todos é melancolia e leve depressão, é o chamado a labuta, luto da preguiça, satisfação do capital. Água que lava as ruas, espalhando seu lixo e revelando a vida que se gastou nos dias de semi-folga. São tetos que caem, casas que alagam e dores renovadas pela insistência de ficar. Quanto a mim, acordei em fogo, onde menos dói o empate de meu time que a cabeça reclama, relembrando que a moderação é sábia. Afora o clima, afora as tragédias e a política que nos indigna e imobiliza, resta-nos a saudade, dos que amamos e não estão perto e das vontades do que ainda não temos. Vamos à segunda como à forca, permeada de desconfiança, embora, que só nos apraza as amarras, onde o cadafalso começa onde se inicia a rua.

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