Em Novembro de 1896 o Governador Baiano, Luíz Viana, dá ordens para a primeira incursão, que na época imaginava-se definitiva.
Partiram de Salvador 113 soldados do 9º Batalhão de Infantaria comandados pelo Tenente Pires Ferreira. Ao chegar a Juazeiro a população estava em polvorosa e com medo. Porém, Canudos distava a mais de 150km de lá. Assim, o comando da expedição decidiu ir ao encontro de Canudos.
A tropa realizou uma marcha de mais de 150km mal preparada e chegou finalmente a cidade de Uauá em 19 de novembro em meio a problemas de comando, provisões e cansaço.
Em 21 de Novembro, as tropas ainda em Uauá, se depararam com uma procissão vinda de Canudos. A procissão já sabia da força militar e tinha por objetivo (creio) de demonstrar que o povo era de Deus e nada queria de conflito, porém, muitos iam armados por via das dúvidas. Os soldados estrupiados e com medo começam logo a disparar contra a procissão que logo de desfez em sangue e selvageria. Os militares armados de fuzis e os sertanejos de facões, punhais e espingardas "bate-bucho" ou de "socadeira". Desse confronto resultaram 10 mortos do exército e 17 feridos e quase 80 sertanejos mortos. A praça da cidade virou um cenário de massacre.
Os sertanejos recuaram e retornaram a Canudos depois de várias horas de batalha. Os soldados por sua vez saquearam e queimaram a cidade e fugiram rapidamente poucas horas depois da retirada dos sertanejos com medo de uma nova investida. Segundo descrição do Tenente Pires Ferreira: a "incrível ferocidade" dos ataques dos conselheiristas foi assustadora.
Belo Monte agora se preparava para a defesa pois sabia que não ficaria nisso; e não ficou...
Nenhum comentário:
Postar um comentário