terça-feira, 14 de abril de 2009

Hugo Morales e Evo Chaves...

São variações do mesmo tom!

Tenho uma rejeição profunda a eles e passo algum tempo pensando sobre o porque dessa rejeição.
Eles tem centenas de admiradores no Brasil. Eles são como o Lula, é difícil hoje criticá-los... ninguém deixa... a patrulha ideológica está viva.

Minha resistência a eles é fruto de uma compreensão profunda que a cultura democrática, o cultivo da busca pela igualdade de condições não pode ser feita pela máxima "o fim justifica os meios".

Hugo Chaves é um ditador... e não é um tirano esclarecido... é um populista manipulador. É completa verdade que a população pobre da Venezuela hoje vive melhor, come melhor e tem seus motivos para amá-lo. Igualmente Evo Morales tem feito uma revalorização da cultura indígena, raiz da Bolívia, maravilhosa, mas é um protótipo prepotente de "pai dos pobres". Eu discordo é da forma.

Numa democracia não podemos fechar um veículo de comunicação por que ele é contrário. Não mudamos a regra do jogo a todo momento para permitir mais tempo no poder como fez Hugo e não fazemos greve de fome para chantagear o congresso e para se promover como fez Evo. Tudo na Bolívia e na Venezuela se justificam pela "luta contra o imperialismo"! Faz-me rir, é o que são.

Temos na história muitos exemplos de "bons" ditadores, e nenhum deles resultou em nenhuma melhora ao longo do tempo para seu país e seu povo... tudo fica sustentado pela própria imagem do líder e não nas intituições democráticas... e quando ele se vai o que resta? Vamos observar o exemplo de TITO na finada Iuguslávia. O exemplo de LÊNIN e STALIN na Rússia. O exemplo de PERÓN na Argentina. GETÚLIO VARGAS no Brasil. HITLER na Alemanha. Todos foram ótimos para seu povo pobre, revitalizaram aspectos da cultura e economia, marcaram seu nome na história e tornaram seus países maiores que eram antes deles... mas afinal... o que fizeram de bom que durou? Qual a solidez do Estado após sua "passagem"? Respondo; Iuguslávia passou por dezenas de conflitos internos e se desfez num mar de sangue. A União Soviética simplesmente se desfez. Argentina e Brasil ficaram absurdamente instáveis e logo tornaram-se ditaduras militares. Alemanha entrou numa guerra suicida e rapidamente acabou dividida e humilhada.

Torço para o Destino de Bolívia e Venezuela, e mais recentemente Equador, sejam menos trágicos.

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