sábado, 10 de julho de 2010

Futebol Mundial na Grande Angular, ou Tô Torcendo pela Espanha

Para começar o ditame, não estou torcendo pela Espanha porque gosto da Espanha ou dos espanhóis. Não é o caso. Sou zangado com eles como nos tratam nos aeroportos e sou puto com eles por serem contribuintes regulares a todas as políticas internacionais equivocadas que os EUA e Inglaterra inventam. E não estou torcendo contra a Holanda pelas grosserias de seus jogadores ou por dor de cotovelo porque perdemos para eles, até porque tecnicamente é melhor perder pro campeão do que para o vice hehehe.

Porém, no futebol, o time espanhol é o último bastião da ofensividade e galhardia técnica no futebol mundial e na copa.

Eu vejo assim, numa pura e insistente análise marxista do futebol mundial; O mundo do futebol profissional hoje gira em torno da Europa. É ela que tem os maiores clubes, as maiores receitas e é a principal consumidora do futebol. Todos os semestres(janelas de transferências) a Europa sai as compras e leva da África, América Latina e eventualmente da Ásia, o que há de melhor em atividade. A cada semestre a Europa regurgita também, uma leva de jogadores que foram, mas não adaptaram-se. O termo ADAPTAR-SE é importante para mim.

Historicamente o futebol europeu é o senhor da tática, onde sua grande contribuição ao esporte foi ensinar ao mundo, com as seleções alemãs e italianas que um time organizado é sempre competitivo. Já a América do Sul, especificamente e principalmente Brasil e Argentina, possui como grande marca a habilidade, o drible e a arte de jogadas impensáveis.

Historicamente a habilidade tem encontrado mais sucesso do que a organização. A arte produz mais ídolos e mais dinheiro do que a tática. Ocorre que, com a globalização, a Europa tem, de certa forma, forçado o mundo a se europeizar. As principais publicações antes da copa falam da força do Brasil como uma seleção "europeizada". Esse fenômeno é fruto do negócio futebol, que faz com que o futebol latino nas suas divisões de base "promovam" jogadores que possam adaptar-se ao estilo europeu.

Essa adaptação é necessária porque a Europa, numa decantada perspectiva colonizadora, só quer consumir a habilidade sulamericana e não o seu estilo. Não há técnico latino de sucesso na europa, mas metade dos ídolos não são de origem européia. Dessa forma, muito técnicos tacanhos como o Dunga, armam seus times para "parecer-se" com os times europeus. Muitas seleções como a brasileira, utilizam esquemas táticos que priorizam a defesa e o contra-ataque igualzinho a forma de jogar do Velho Continente. Aproveitam que os maiores jogadores atuam em clubes europeus e são forçados a jogar de maneira burocrática para fazer uma equipe de maior entrosamento.

É tempo de jogadores altos, fortes e limitados... por isso admiro o time do Santos do primeiro semeste, renego nossas seleções retranqueiras e só posso torcer pela Espanha.

Eu vi os espanhóis engolirem a excelente seleção alemã. Jogou para frente, no ataque, e mesmo assim não permitiu aos alemães o contra-ataque. Acho que uma vitória espanhola pode ajudar a mudar a visão de todos os que vibraram com a vitória da "Internationale" sobre o Barcelona. Na Copa dos Campeões da Europa o bom futebol ficou de luto, mas na Copa do Mundo temos a chance de fazer melhor. Até porque a Holanda está jogando um futebolzinho mínimo, contrário a tradição holandesa e a favor do bitolado futebol atual.

Há meu Flamengo com um técnico decente jogando como a Espanha(com uma pitada a mais objetividade)! Era a glória!

2 comentários:

André Gustavo disse...

Isso tudo sem falar que o polvo alemão previu hein... Falar nisso será que eles não trocam o polvo deles por nossa Lula semi nova não?

Contra a Maré disse...

kkkkkkkkkkk