06/06/2008 - 01h27(Globo.com)
Polícia investiga senhoras suspeitas de praticar furtos em grupo.
Segundo as investigações, elas já fizeram vítimas em igrejas e shoppings.
Um grupo de senhoras idosas se juntou em Fortaleza para passear por igrejas, lanchonetes e shoppings. Mas também, segundo a polícia, para praticar furtos.
Imagens de circuito interno de uma capela registraram um dos furtos. Fiéis faziam orações, quando três senhoras suspeitas se aproximaram, fingiram rezar e furtaram a bolsa de uma mulher.
A mais velha do grupo ficou com a carteira, enquanto saíam tranqüilamente da capela. A câmera de segurança também registrou a fuga, quando pegaram um táxi.
Graças a essas imagens, a polícia identificou senhoras suspeitas de praticar furtos em áreas nobres de Fortaleza há sete meses.
Em outras imagens, foi registrado o momento em que uma mulher com a bolsa prateada foi furtada na escada rolante de um shopping center de Fortaleza. Ela contou que uma das senhoras fingiu que ia cair para segurar em sua bolsa e levar a carteira.
"Quando eu vou subir a escada rolante, uma senhora finge que está com medo de subir a escada e eu ofereço apoio ficando próximo a ela. Três senhoras ficam atrás de mim. Quando eu sinto puxando a minha bolsa, elas me pedem desculpa e dizem que iam caindo também. Quando abro minha bolsa, percebo que estou sem a carteira", diz a vítima do grupo que preferiu não se identificar.
Apenas uma das suspeitas de 50 anos está presa. Ela apareceu em imagens com uma bolsa azul tentando furtar a bolsa de uma cliente numa padaria.
A polícia acredita que o grupo de senhoras é formado por pelo menos seis integrantes, todas com mais de 50 anos de idade.
“Causou muita surpresa pela idade das mesmas e a forma como estavam agindo. Agindo de maneira que pegavam sempre as vítimas desprevenidas e subtraíam as bolsas”, disse o delegado Alízio Justa.
Até agora mais de oito pessoas compareceram à delegacia se dizendo vítimas da quadrilha. Com as imagens, a polícia espera identificar outras suspeitas e prendê-las. Há denúncias de que elas já atuaram em outros estados do Nordeste.
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