Um tempo desse fomos ao cinema no shopping mais afamado que temos no estado. Não preciso dizer que ele é caro. Fui com toda a família e me aborreci profundamente.
Após bons 50 minutos na fila chegamos ao guichê de atendimento e presenciamos uma senhora, bem trajada com adereços e roupas caras, “furar descaradamente” a fila indo direto a outro guichê. Compreendo que a falta de civilidade, educação e respeito ao próximo não é responsabilidade da gerência do estabelecimento mas a conivência com o erro sim, ao torna-lo quase oficial.
Essa não é, infelizmente, uma situação estranha e rara, é comum, porém o que aconteceu a seguir me causou extremo aborrecimento. Interpelei a senhora colocando que ela deveria ir para o fim da fila e fui ignorado. A postura da senhora em questão também é esperada. No entanto, não esperava a reação da caixa do cinema ao atendê-la prontamente, mesmo diante de meu protesto e de ter visto a transgressão. Muito menos esperava a reação do segurança, que em tese, regularia o funcionamento da mesma ao retrucar meus protestos com um eloqüente “todo mundo faz”!
A questão é que se a pessoa estiver bem vestida, ela é tratada como "senhor" e aos trajados normalmente sobra o papel de "escravo".
P.S. Fiz um e-mail reclamando a gerência. Nenhuma resposta. O detalhe é que agora, raramente vou àquele cinema. Só quando o que quero ver só passa lá.
2 comentários:
Certa vez, numa fila de banco, ouví uma pessoa falar uma frase que considero muito sábia: "Fila é a coisa mais chata e, ao mesmo tempo, mais democrática que existe."
Infelizmente as injustiças iniciam nessas pequenas coisas, quando chegamos aos absurdos as pessoas se perguntam "como?", "por que?", como se não participassem do corrupto, da falcatrua, da trangresão do dia a dia. Também fico indignada.
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