Nesses dias conversávamos sobre confiabilidade e confiança, tudo motivado por uma pergunta que fizeram a meu cunhado. A pergunta era:
- Fulano e fulano são de CONFIANÇA?
A resposta foi positiva, mas eu fiquei a pensar sobre isso e a conversar com minha Nega.
Confiança é um sentimento que nasce na constância, na repetição e na previsibilidade. Confiar em algo ou alguém é prever, presumir que esse alguém ou coisa reagirá ou fará como prevemos. Ganhar confiança tem a ver com demonstrar-se previsível, de comportar-se a partir de critérios, princípios ou regras compreensíveis. Mas acho que a confiança é limítrofe da estupidez e vizinha da fé e, apesar de morar no mesmo bairro da razão, frequenta mesmo é a casa da emoção.
Eu tento praticar o verbo confiar. Aprecio a confiabilidade e me esforço para apresentar-me assim. Gosto das pessoas previsíveis e me incomoda variações de humor.
Usualmente entendermos que CONFIANÇA é, sem sombra de dúvida, uma qualidade positiva, vinculada a bondade e correção. Discordo disso. A Confiança pode muito bem ser aplicada a aspectos negativos do comportamento e da personalidade humana. Convencionamos um privilegio as questões valorosas relacionadas a confiabilidade. Porém conheço muito mais gente confiável que é ruim do que gente confiável que é boa. Muita gente de pior estirpe que são absolutamente confiáveis, podemos esperar que eles comportem-se de determinada forma com um grau de confiabilidade impressionante.
Resumindo:
"- Pode confiar que vai dar merda!"
3 comentários:
Eu assino embaixo...mas isso não é sempre, logo não sou confiável?
Bem observado! Adorei as fotos que tu escolheu pro post. hehehe
Agradeço, Aline! E Borboleta, nem vem que tu é muito confiável... mas sempre há um grau de imprevisibilidade envolvido e por isso a confiança sempre estará as voltas com a fé, com a entrega!
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