domingo, 17 de janeiro de 2010

Sentido


Primeiro falar que lembro do BLOG todo dia...
Cobro-me muito pela qualidade... e também por isso demoro a vir...
Sinto-me aqui e falta muito de mim para habitar este espaço...
Tem muita coisas que ainda preciso trazer... mas qualquer dia aparecem aqui...
Não vou ficar remoendo dores por não vir... já tenho culpas suficientes para manter minha sanidade ocupada!

Por agora, depois de explicitar minhas desculpas pelo abandono prático do BLOG, dedico-me a questão noturna desta feita... o sentido!

Eu, desde muito jovem adquiri uma tese que se comprovou verossímil; as pessoas fazem sentido.

Compreendo que muitos hão de achar isso uma erro, mas para mim é óbvio como a gravidade.

Uma pessoa que não constrói em sua vida, que não tem ou ambiciona continuidade, não tem amigos duradouros, aprecia a inconstância e a distorção. Acredita piamente que nada vale o que todos imaginam e que o mais importante é a própria sensação de prazer... mas esse prazer é vazio e solitário! Justamente por isso arrasta a uns e outros para seu redemoinho de emoção, para ter padrão e para ter sentido!

Existem pessoas que assomam por sobre a própria realidade, que definem-se por si próprias e que resumem-se a sim mesmos. Ou tem uma meta/objetivo, pelo qual vivem e aglutinam ou se perdem em seu próprio mundo. E é difícil comprometer-se com o que não habita sua alma. E tudo mais que não é o que espera, imagina ou fantasia, é amedrontador e medonho. Esses refugiam-se no fundo de suas almas, construindo moradas de sonho, imaginando desenhos do que de fato existe. Negam a vida, porque discordam de seu rumo e acreditam com todas a forças que sabem de fato a razão última da vida.

E vivem as que buscam a si mesmas. As que acreditam que existe mais do que a si próprias, as que controem com fervor o que acreditam que deva ser. E sofrem com a certeza da falta de certeza. E cultuam a fé e a credulidade de que há sentido em fuso que há vida e mais além...

Eu, prepotente como sou, acredito no sentido de tudo que há. As coisa fazem sentido e por isso, gasto tanto tempo a imaginar qual o destino/caminho/ proposta e vida de tudo que se apresenta a minha vida. É uma luta inglória e safada contra o real e contra os desejos que vigiam e interferem nos meus olhos. E, petulantemente, sou cônscio de tudo que aposto, mas isso não é tudo. Isso é parte.

Todas as pessoas fazem extremo sentido! Elas são as mesmas e diferentes ao longo do tempo, são as mesmas que se espera e são as mesmas do que desejam. Falta-nos a coragem e galhardia, para aceitar o sentido alheio e mais ainda, reconhecer nosso coração.

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