Primeiro, vê-se mais cães na Europa que crianças.
A população de grande parte do continente encolhe. O velho mundo está cada vez mais velho. Mas o problema é ver as crianças se tornando um cidadão de 2ª classe na Europa. Quase um estorvo.
O padrão de vida europeu (o Americano consegue ser mais) é absurdamente dispendioso (recursos para produzir) e caríssimo de manter (dinheiro). Isso numa cultura envelhecida e soberba produz a idéia de que ter filhos é luxo ou uma fonte inesgotável de problemas. Na Europa existem um mínimo de lojas para crianças, poucos brinquedos a venda, e até nos supermercados fraldas descartáveis são escassas. Nas ruas quase não se vê crianças e mesmo nos parques elas são minoria.
O cúmulo é existirem ambientes em que não se aceitam crianças. Isso é absurdo. Hotéis admitem cachorros e não aceitam crianças. A justificativa é que crianças são barulhentas e incômodas, que sujam e incomodam em espaços que foram feitos para as pessoas descansarem. Baboseira pura...
Alguém vai dizer que tem crianças muito chatas e mimadas. Tem sim! Da mesma forma que tem adulto espaçoso e mal-educado e Idoso ranzinza e fedorento. O hábito de uns não pode ser justificativa para classificar pessoas de maneira generalista.
Onde fica a cidadania das crianças? E os direitos fundamentais de ir e vir?
Quer dizer que pode também ter hotel que não aceita negro? Ou que não aceite idoso? Ou que não aceite índio? Ou que não aceitem gays? Ou não aceitem pessoas obesas? Ou que não aceite oriental? Ou que não aceite mulher?
Isso seria um abuso? Seria uma violação dos direitos humanos? Um preconceito? As pessoas tem realmente o direito de impedir outro ser humano de estar em um lugar de uso público?
Eu posso arrumar justificativas várias para afirmar essas impossibilidades. Negros geram mal estar e medo, Idosos caem e precisam de cuidados especiais, índios tem hábitos muito diferentes, mulheres são muito falantes, gays são aberrações, orientais são mal educados à mesa e os obesos são... são... são gordos! É isso?
Vamos criar ambientes agora que só aceitem gente bonita. Há, isso já existe... nos filmes americanos sempre tem um cara na porta que diz quem entra e quem sai. Resta saber... bonito pra quem?
Pois na europa parece que pode.
O Infante na Europa é cidadão de 2ª classe.
E viva o Brasil!!!
Ainda temos muitos erros e absurdos como chacinas de jovens... mas pelo menos estamos indo na direção correta.
